sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Montmartre

Mês cheio. Uma coisa depois da outra, os dias passando, mais coisas aparecendo e nada de tempo para mostrar o que estava acontecendo por aqui. Favor, façam fila para atirar as pedras, pode ser que vocês se atrapalhem. Sede de vinganca saciada, vamos aos fatos e suas fotos....

Primeiramente, uma visita, que na verdade foram duas, com dois dias entre elas, ao lugar que hoje considero meu preferido aqui em Paris, Monmartre.

Esse morrinho é muitas coisas, para os mais cult’s esse é o lugar escolhido por Amélie Poulain para devolver a álbum de seu amante secreto; para os mais religiosos, é onde fica a famosa igreja de Sacré Cœur; para os artistas, é um celeiro de pintores, artistas, escultores (Picasso, Renoir e Van Gogh já moraram aqui, a música La Bohéme, de Charles Aznavour conta um pouco da rotina em Monmartre); para os físicos nerds, foi o lugar escolhido para realizar a primeira experiência para medir a velocidade do som, em 1738, por uns caras chamados Cassini, Miraldi e Lacaille; para os turistas é um ótimo lugar para tirar fotos, comprar quinquilharias (arte), comer crepe e perder a carteira; para os imigrantes ilegais, é um ótimo lugar para vender quinquilharias aos turistas enquanto roubam-lhes as carteiras.

E para mim? Bem, para mim, Montmartre é simplesmente o melhor pôr-do-sol de Paris. Sempre (nas duas vezes que fui) tem algum cantor de rua animando o pessoal. As pessoas vão se acumulando aos pés da igreja, fazendo das escadarias uma arquibancada, o melhor: é de graça, só paga quem quer, mas naquela terça-feira, repertório irado, o cara mandou muito, mereceu um tostão. A vista, bem, dispensa comentários, é simplesmente impecável e ainda acompanhado de uma Heineken estupidamente gelada, ai ai ai.

Durante a caminhada, um pouco de história, vimos o lugar onde Picasso morou e pintou um quadro de umas mulheres quadradas nuas que parece que é importante, Les Demoiselles D’Avignon. Teve também uma estátua de um santo com história mentirosa de que depois de ser decapitado, pegou a cabeça e saiu caminhando no meio da cidade até cair por aquelas bandas, jura que eu acredito!! Vimos o Moulin de la Galette, um dos poucos que sobraram e retratado por diversos pintores. Uma outra cantora que a professora não soube dizer a nacionalidade, mas parece que tinha algo de italiana, egípcia mas cantava em francês, na decadência, a doida tomou todas e suicidou-se numa esquina do bairro onde hoje tem uma estátua e uma praça com seu nome. Passamos em frente à antiga casa de Tristan Tzara, um romeno metido a francês que escrevia umas coisas meio non-sense, acabou criando o movimento Dadaísta, mas parece que não deu certo, mas de qualquer forma eu lembrei do nome dele dos tempos de calabouço do ensino médio. Depois o cara se meteu com coisa mais pesada, deve ter se enfiado nas drogas, se misturou com os surrealistas e para arrebentar, quis dar uma de comunista, o bicho era meio louco mesmo. No final, ainda passamos pelo famoso “Moulin rouge”. Puro produto de marketing, decepção. Mas as lojinhas daquela rua são bem menos comportadas hehehe.

A cereja no bolo daquele dia foi um maluco que fazia malabarismos com uma bola. Indescritível, o cara mandou muito bem, primeiro, embaixadas com o corpo todo sobre um dos pilares da escada enorme. Não bastasse a altura e o pouco espaço, o carinha ainda subiu no poste e continuou arrepiando. DESTRUIU!

Espanholetas com o carrossel e a igreja da Amélie

“Igrejinha” proprimente dita

A estátua do santo mentiroso

O Moulin de la Galett, de acordo com Renoir, Van Gogh e Nathan xD

Não mãe, seu filho não tem juízo

DESTRUIU!

A Heineken mais gelada da História




Um comentário:

marleusa disse...

Eu já sabia.Doido.