segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Mme Eiffel et le jour de chien

Dia meio improdutivo, nada acontece depois da fórmula um. Mais uma vez, a padroeira da pátria de chinelos, Isabella, aparece com o programa salvador. Visitar a torre. Algumas estações de metrô e meia garrafa de vinho de 1,40 depois, voilá! De longe podíamos perceber a concentração de turistas aumentando e, para desesperos da Isabella, de ratos também. A cada lixeirinha à beira “de la Seine”, uma família de Ratatouilles fazia a festa. Andamos pelo parque, ao redor do monumento, fomos abordados por uns franceses que diziam estarem perdidos e nos ofereceram uma carona mas na verdade estavam interessados em nossos órgãos. Tivemos que voltar cedo pois tinha que fazer o transporte de um geladeira, de um prédio para o outro.




Sim, agora eu compartilho uma geladeria com mais 6 brazucas. Cervej..... água gelada \o/. Aconteceu q a geladeira acabou sendo transferida apenas hoje, de baixo de muitos olhares “P’s da vida” de franceses que viam o chão da maison ser molhado com aquela aguinha nojenta do motor. Mas depois nós limpamos, terminou mais cheiroso do que antes. Essa foi a parte que deu certo do dia, que começou cedo, com a mudança da Isabella, passou pelas agruras do aeroporto (uma bagagem e uma passageira perdida, ameaça de bomba, vários militares fortemente armados no aeroporto e o metrô fechado por algumas horas). Para completar, dois brasileiros sem quarto e alguns colchonetes espalhados por aqui. Foi basicamente isso....


domingo, 30 de agosto de 2009

No calabouço

Ontem, mais uma vez, a noite foi recheada. Mas comecemos pelo dia: Fomos ao shopping e compramos o computador do Rômulo, agora voltemos para a noite. Muuuito massa.

Continuo o meu programa de integração à sociedade parisiense, para tanto, conto com a preciosíssima ajuda dos compatriotas mais experientes. Devo dizer que esses desempenham suas funções muito bem. O local de ontem foi outro Bar/Pub/Club pros lados chiques da cidade. Não sei o nome, localização precisa nem saberia voltar para casa se lá fosse deixado. Depois de mais um “esquenta” na maison lusitana com um “bom” vinho (pelo menos tinha buraquinho no fundo da garrafa e foi engarrafado na propriedade, valeu Isabella), partiu aquele bando de brasileiros com dois representantes da ex-metrópole para a farra. Trem, metrô, ônibus, tram, sei que chegamos ao lugar. À primeira vista achei muito pequeno, para a movimentação que acontecia nos arredores. Mal sabia eu que o bicho pegava era no subsolo.


Não sei de quem foi a brilhante idéia de fazer a barulheira toda no porão da propriedade nem o número de pessoas que torce o tornozelo ou cai bolando por aquelas escadas estreitas e, muito provavelmente, multi-centenárias. O lugar é tão legal que poderia ser utilizado de várias formas, cenário para filme de terror, prática de magia negra, prisão, senzala, depósito de drogas e contrabando, local para desova de cadáveres, adega, clínica de aborto, locação para outro episódio do falido “Jogo Duro”ou mesmo “Jogos Mortais XIV”. Ainda bem que foi transformado em Bar/Pub/Club.

P.S. E o melhor de ir à farra em Paris é dormir até tarde no dia seguinte e mesmo assim ainda acordar a tempo da F1. xD


sábado, 29 de agosto de 2009

A vista

Rapidinha só para mostrar a vista da janela lateral do prédio da Maison.


Conhece a antena ao fundo??

CHEGUEEEEI!! \o/


Hoje eh sábado, 14:40 por aqui, hora em que setá acontecendo o treino para o GP da Bélgica. Desculpem a demora, mas hoje é o primeiro dia que tenho tempo, internet e computador para escrever e postar os acontecimentos desimportantes que me aconteceram desde então. Vamo-nos então...

A começar pelo voo Guaruhos - Charles de Gaule. Mais um vez, fui “na Tam”. Mais uma vez, ótimo serviço de bordo. Eu fui posto na saída de emergência do lado esquerdo. Na verdade, eu que escolhi essa poltrona, pensava que teria mais espaço para as pernas e assim poderia ficar mais confortável. Ledo engano. Verdade que havia ótimo espaço à minha frente, porém, parte dele era ocupado pelo assento dos comissários, e a que ocupava o lugar, devo dizer, possuía uma bela de uma bundona. Juntei-me à fila quando quase todos já tinham embarcado, como odeio esperar, julguei que passaria menos tempo esperando sentado no avião. Melhor então esperar na saguão onde posso andar de um lado para o outro. Mesmo assim ainda esperei por um tempão mais pessoas chegarem, entre elas, o meu vizinho, um carequinha com cara e sotaque de francês mas que falava português até bem. Confesso que fiquei bem decepcionado, pois enquanto passava pelas cadeiras mais à frente, vi vários franceses com cara de franceses e (acreditem se quiserem), com caras de simpáticos. Esse meu vizinho era um saco, não falou nada, não puxou conversa e rebateu as minhas investidas, dane-se.

Teve ainda uma breve confusão com uma família que estava sentada na saida de emergência, mas como crianças não podem ocupar esses lugares, tiveram que ser mandados para outra fileira mais pra trás. Quem ocupou o lugar deles ao meu lado foi um grupo de brasileiros com cara de estudantes e sotaque de “porrrrrrta”, julguei serem goianos e Brafitec’s também, mas estavam em outro programa e eram de minas. Não dormi quase nada durante a viagem. Basicamente por dores nas costas, pescoço, pernas e bunda, pois, como estava na saída de emergência, não haviam poltronas à minha frente, por isso a telinha de LCD com filmes, musicas, mapas etc estava num braço ao lado da cadeira, isso fazia com que tivesse que olhar para baixo por um bom tempo, torcicolo!


Certo também que não tinha nada interessante passando, apenas uns filmes sem graça e músicas igualmente maçantes, tinha ainda dois episódios do Big Bang Theory, mas a dublagem para português ficou péssima, não deu mesmo para assistir. Só mesmo as comidinhas para ajudar, no jantar, pedi outra Xingu, apesar de terem oferecido vinho também, achei melhor só a cervejinha escura para dar sono.

O que não foi lá tão eficaz. Chororô de lado, cheguei em Paris no horário previsto, após uma conferida nos nossos passaportes mais rápida do que eu imaginava, peguei minha mala na esteira. Lá, conheci uma senhora que parecia estar mais perdida que eu, tinha que pegar o trem RER para a St. Michel, onde alguns amigos estariam esperando por ela, problema é que a pobrezinha não falava um Bonjour de francês. Falei que tudo bem, eu ia procurar pelo Rômulo na saída do desembarque, que não é muito grande e por isso seria difícil de nos perdermos, enquanto ela pegava suas trouxas. Acabou que eu não a encontrei nem o Rômulo, pura e simplesmente por ele não estar lá. Rodopiei pelo aeroporto procurando a estação do RER enquanto arrastava as malas e “fumava numa quenga”. Depois, quando encontrei o Rômulo, ele disse que não me esperou pois tinha esquecido de pegar o número do meu voo. MASSA!!

Comprei o bilhete e vim até a estação que fica bem em frente à Cité Universitaire. O único problema foi quando passamos pelo centro de Paris, quando o trem lotou e tive que me espremer juntamento com as malas para dar mais espaço para o pessoal. Chegando à estação, tive que passar por uma catraca inconveniente, ajudaria muito se eu soubesse que existe um elevador, tarde demais. Ainda me arrastei por mais algumas centenas de metros e uma passarela até chegar na recepção da Maison (onde fico). Lá, descobri que teria que pagar o adiantamento do mês, mais 340 euros, e ficaria num quarto individual até o diretor chegar e me botar junto com o Rômulo num outro quarto.


Como a École ainda está oficialmente de férias, logo depois de dar uns carões no Rômulo, fomos perambular pela cidade à procura de algum computador com internet e comida. Achamos um McDonald’s, alguns brasileiros e nada de internet. Na volta, eles nos chamaram para juntarmo-nos a eles numa rodinha de violão no gramado da Cité. Fizemos as primeiras amizades. Como previa, não deu para comprarmos os ingressos para o festival Rock en Seine, já estavam esgotados, por outro lado, eles nos chamaram para irmos à MIX. Um club do qual já ouvia falar desde muito tempo antes de sair do Brasil, nas quintas, estudante internacional não paga. Matei então meu desejo.


Ontem, fomos almoçar no único RU que fica aberto durante as férias, na volta, pedi que instalassem internet no meu quarto, depois de dormir um pouco, com o resto de bateria que tinha no pc, dei uns “estou aqui” por email e combinei de me encontrar com a Isabella, que morou aqui por um ano e meio e tinha voltado dois dias antes. Expert por essas bandas. Ela nos levou ao shopping onde pudemos comprar não só o cabo para o computador mas também alguma comida para os próximos dias. Santa Isabella!! \o/

Conversamos durante a noite (que estava mais fria do que eu imaginava para essas épocas do ano), ela encontrou outros amigos dela que no levaram à casa deles, na Maison de Portugal. Adendum: aqui na Cité Universitaire, os prédios teem o nome dos países que os controlam, a minha é controlada pela École, por isso não tem nome de país. Lá, pude ver o quão melhor as outras Maisons são. A nossa é mesmo baquiada =(. Depois de alguns vinhos, fomos para uma “baladinha”. Já se passava das 1:00 da manhã, por isso o Rômulo ficou em casa, a Isabella também e eu acabei indo com quatro brasileiros e um português, todos recém-conhecidos. Fomos a um Pub Irlandês pelas bandas nobre da cidade. Me disseram que passamos por St. Michel mas eu não vi nada. Na volta, deu para ver o topo da torre não muito bem iluminada. Terei muito tempo para ver esses lugares clichês de turistas ;D.

Hoje eu decidi arrumar minhas coisas e colocar os acontecimentos em dia.

C’est fini!!